Tradução:
Aqui, nesta parte escura do mundo, Marv, finalmente, encontrou uma forma de consertar o anel. Seja lá o que for que Marv tenha feito para controlá-lo... algo com as abominações desta ilha, ele nunca mais seria o mesmo. Era um simples filete, em um tom escuro, não muito grande e de uma suavidade incomum. Aparentava ser um reluzente pedaço de metal, no entanto, não refletia nada, nem mesmo Fafnar ou o olhar reparador de Suon.
Subitamente, assim que Marv segurou aquele cordão, ele pareceu ganhar vida própria. Ele ainda usava o anel amaldiçoado, enquanto o filete enrolou em torno de seu braço. Inicialmente, Marv ficou chocado, mas esta sensação passou assim que ele vislumbrou a força, a velocidade e o poder. Ele comentava sobre ver coisas e ouvir sons indescritíveis. Ele estava diferente, não reconhecia nele nosso capitão, parecia ter se tornado algo mais.
Foi, então, que ele começou a lutar contra uma dor e gritou sem fôlego. Não ousávamos nos aproximar dele. Após algum tempo sofrendo, tudo parou, ele não se movia, não falava, nem mesmo respirava. Em seguida, simplesmente se levantou, removeu a poeira do seu casaco e com um sorriso nos lábios deu um tapinha em meu ombro e se afastou.
Tive a certeza de que ele estava conectado ao anel e o cordão, que ele só me mostrou depois e por um breve instante, possibilitou isso. Estive com o cordão em mãos, mas nada aconteceu, temendo me envolver com tudo aquilo que, certamente, significava azar para todos nós, rapidamente o devolvi. E foi o que aconteceu.
Na ocasião, pensei que até mesmo ao tocá-lo poderia ser o meu fim. Não sei o que poderia ter feito, mas não me importo mais. Tudo o que me resta agora é deixar um aviso para qualquer um que percorra o solo coberto de sangue desta ilha.
O anel se tornou algo muito mais traiçoeiro do que tudo o que já foi visto neste momento. Quando descobriram que Marv não tinha a intenção de sair da ilha, a tripulação levantou um motim. Temi pela reação dele, pois fui um dos poucos a primeiramente testemunhar o que o anel tinha feito com ele. E, por isso, sabia que aquilo não resultaria em boa coisa.
Para resumir, ele matou todas as almas que se opuseram contra ele, menos a mim. Minto, ele apenas não destruiu meu corpo, mas me acorrentou às paredes desta caverna, deixando-me apenas com pena e papel. Mas, por quê? Talvez para registrar tudo isso...
Han, ex imediato do S.S. Primordia
P.S.: