 You read the following. |
Original:
Genesis I. The Awakening of the Gods
In the beginning there was only a big, gaping void. It was everywhere and nowhere.
In this emptiness two powerful entities appeared who were eventually known as the elder gods: Fardos the Creator and Uman Zathroth who combined in himself two unequal halves. One of these halves was Uman the Wise, a benign god who was gifted with divine intellect, while Zathroth the Destroyer was the other, darker half. These were the two halves of one single enigmatical entity, and even though either of them was perfectly capable of acting on his own just as if he had been fully independent, independent they were not. They were bound together by an eternal bond that could not be broken, and their destiny was one.
Nobody knows where the elder gods came from, or whether they had always existed and eventually awoke from the slumber of infinity. But somewhere along the way they decided to create a universe. Surely Fardos was the initiator, for he was driven by the need to create and give life. He was overflowing with creative power and impatient to release it, so he stepped into existence and began to unleash his powers. However, none of his attempts to create were successful. All of his creations were swallowed by the void before they were completed, and none survived.
Uman Zathroth regarded Fardos's undertakings thoughtfully. Uman was sagacious and held awesome magical powers. Most importantly, however, he was driven by an insatiable hunger for knowledge and enlightenment. In his essence he resembled Fardos, but where Fardos worked openly and logically, Uman's domain was the realm of mystery. Still, he shared Fardos's interest in creation, whereas his dark half Zathroth was essentially corruptive. Zathroth was a vain god who was painfully aware that his own creative powers were poor. Because of this he looked at Fardos's work of creation with jealousy, and from the very beginning he was determined to prevent or at least corrupt it in any way he could. Fardos, who did not suspect this, asked him for assistance because he had accepted the fact that he could not achieve creation on his own, but of course Zathroth denied. Uman, however, agreed to help. And from that he and Fardos worked together on the great project that was creation.
Unfortunately, their combined efforts were hardly more successful. Just like before, everything Fardos and Uman created was swallowed by the void as soon as it came into existence, and the two gods sadly saw their creation run through their fingers like water through a sieve. On the other hand, Zathroth, who had been watching their efforts with suspicion, rejoiced. He ridiculed their efforts. However, his glee changed into surprise and anger when he found that something strange happened, something which perhaps Uman and Fardos did not expect themselves. To this day, nobody knows precisely what it was that caused it. Perhaps the power that had been spent lured another entity out of the void, or it might be that it simply awoke another divine entity from its slumber. Some even claim that in some mysterious way the power that had been spent by Uman and Fardos actually created a new entity. Whatever the truth may be, a new goddess stepped out of the void like a new-born mermaid from her shell. The amazed elder gods watched her divine beauty in awed admiration, for everything in her was perfect harmony. They agreed to call her Tibiasula. Zathroth, however, stood by and fumed with silent hate. But cunning as he was, he hid his resentment well and feigned to share the joy of the other elder gods.
|
|
|
|
| Você lê o seguinte. |
Tradução:
Génesis I. O Despertar dos Deuses
No princípio havia apenas um grande vazio. Estava em todo o lado e em lado nenhum.
Nesse vazio apareceram duas entidades poderosas que acabaram por ser conhecidas como os deuses mais velhos: Fardos, o Criador, e Uman Zathroth, que combinava em si duas metades desiguais. Uma dessas metades era Uman, o Sábio, um deus benigno dotado de intelecto divino, enquanto Zathroth, o Destruidor, era a outra metade, mais sombria. Estas eram as duas metades de uma única entidade enigmática e, embora qualquer uma delas fosse perfeitamente capaz de agir por si própria, como se fosse totalmente independente, independentes não eram. Estavam unidos por um laço eterno que não podia ser quebrado, e o seu destino era um só.
Ninguém sabe de onde vieram os deuses mais velhos, ou se sempre existiram e acabaram por acordar do sono do infinito. Mas algures pelo caminho decidiram criar um universo. Certamente Fardos foi o iniciador, pois era movido pela necessidade de criar e dar vida. Ele estava a transbordar de poder criativo e impaciente por libertá-lo, por isso entrou na existência e começou a libertar os seus poderes. No entanto, nenhuma das suas tentativas de criar foi bem sucedida. Todas as suas criações foram engolidas pelo vazio antes de estarem completas, e nenhuma sobreviveu.
Uman Zathroth olhava atentamente para os empreendimentos de Fardos. Uman era sagaz e tinha poderes mágicos impressionantes. Mas o mais importante é que ele era movido por uma fome insaciável de conhecimento e esclarecimento. Na sua essência, assemelhava-se a Fardos, mas onde Fardos trabalhava de forma aberta e lógica, o domínio de Uman era o reino do mistério. Ainda assim, ele partilhava o interesse de Fardos pela criação, enquanto a sua metade negra, Zathroth, era essencialmente corruptiva. Zathroth era um deus vaidoso que tinha uma consciência dolorosa de que os seus próprios poderes criativos eram fracos. Por isso, olhava para o trabalho de criação de Fardos com inveja e, desde o início, estava determinado a impedi-lo ou, pelo menos, a corrompê-lo de todas as formas possíveis. Fardos, que não suspeitava disso, pediu-lhe ajuda porque tinha aceitado o facto de não poder realizar a criação sozinho, mas é claro que Zathroth negou. Uman, no entanto, concordou em ajudar. E a partir daí, ele e Fardos trabalharam juntos no grande projeto que era a criação.
Infelizmente, os seus esforços combinados não foram mais bem sucedidos. Tal como antes, tudo o que Fardos e Uman criaram foi engolido pelo vazio assim que passou a existir, e os dois deuses viram tristemente a sua criação escorrer por entre os dedos como água por uma peneira. Por outro lado, Zathroth, que tinha estado a observar os seus esforços com desconfiança, rejubilou. Ridicularizou os seus esforços. No entanto, a sua alegria transformou-se em surpresa e raiva quando descobriu que algo estranho tinha acontecido, algo que talvez Uman e Fardos não estivessem à espera. Até hoje, ninguém sabe exatamente qual foi a causa. Talvez o poder que foi gasto tenha atraído outra entidade para fora do vazio, ou pode ser que simplesmente tenha despertado outra entidade divina do seu sono. Alguns até afirmam que, de alguma forma misteriosa, o poder que foi gasto por Uman e Fardos na verdade criou uma nova entidade. Seja qual for a verdade, uma nova deusa saiu do vazio como uma sereia recém-nascida da sua concha. Os deuses anciãos, maravilhados, observaram a sua beleza divina com admiração, pois tudo nela estava em perfeita harmonia. Concordaram em chamar-lhe Tibiasula. Zathroth, no entanto, ficou a olhar e a fumegar de ódio silencioso. Mas, astuto como era, escondeu bem o seu ressentimento e fingiu partilhar a alegria dos outros deuses mais velhos.
|
|
|
|
